Aumento do Trabalho Informal no Brasil: Causas e Consequências
O trabalho informal no Brasil, impulsionado pela falta de oportunidades e baixa escolaridade, impacta negativamente trabalhadores e a economia. A fiscalização laboral, crucial para garantir direitos e combater a informalidade, enfrenta desafios como número insuficiente de fiscais. O IPEA desempenha um papel vital ao analisar o mercado de trabalho e propor políticas públicas eficazes.
O trabalho informal no Brasil atinge níveis alarmantes, refletindo a necessidade urgente de discutir suas causas e consequências. Vamos explorar essa realidade e o que pode ser feito.
Taxa de informalidade: panorama geral
A taxa de informalidade no Brasil é um tema que merece muita atenção. Ela mostra a quantidade de pessoas que trabalham sem carteira assinada, sem os benefícios da lei. É como se estivessem trabalhando por conta própria, mas sem a proteção que um emprego formal oferece.
O que significa ser um trabalhador informal?
Ser um trabalhador informal significa não ter registro em carteira, não contribuir para o INSS e não ter direito a férias, 13º salário e FGTS. Muitas vezes, essas pessoas trabalham por conta própria, vendendo produtos ou oferecendo serviços nas ruas. Outras vezes, trabalham em pequenas empresas que não seguem as leis trabalhistas.
É importante entender que a informalidade não é uma escolha para a maioria das pessoas. Muitas vezes, é a única opção para conseguir um trabalho e sustentar a família. A falta de oportunidades de emprego formal e a baixa escolaridade são alguns dos fatores que levam as pessoas a buscar o trabalho informal.
Como a taxa de informalidade é medida?
A taxa de informalidade é calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IBGE faz pesquisas para saber quantas pessoas estão trabalhando no país e quantas delas têm carteira assinada. Com esses dados, é possível calcular a porcentagem de trabalhadores informais em relação ao total de trabalhadores.
Essa taxa pode variar bastante de um estado para outro. Em geral, os estados do Nordeste e do Norte têm as maiores taxas de informalidade, enquanto os estados do Sul e do Sudeste têm as menores. Isso acontece porque as regiões mais pobres do país têm menos oportunidades de emprego formal.
Qual é a situação atual da informalidade no Brasil?
Nos últimos anos, a taxa de informalidade no Brasil tem se mantido alta. Isso significa que muitas pessoas ainda estão trabalhando sem a proteção das leis trabalhistas. A crise econômica e a pandemia de Covid-19 agravaram ainda mais essa situação, pois muitas empresas fecharam as portas e demitiram funcionários.
Com isso, muitas pessoas perderam seus empregos formais e tiveram que buscar alternativas para sobreviver. Muitas delas encontraram no trabalho informal a única forma de sustentar suas famílias. Isso fez com que a taxa de informalidade aumentasse ainda mais.
Quais são os impactos da informalidade na economia?
A informalidade tem vários impactos negativos na economia do país. Um deles é a perda de arrecadação de impostos. Como os trabalhadores informais não contribuem para o INSS, o governo arrecada menos dinheiro para pagar as aposentadorias e outros benefícios sociais.
Além disso, a informalidade dificulta o planejamento econômico do país. Como o governo não sabe exatamente quantas pessoas estão trabalhando informalmente, fica difícil prever o crescimento da economia e tomar decisões importantes. Isso pode levar a erros de planejamento e a políticas públicas ineficientes.
Outro impacto negativo da informalidade é a concorrência desleal com as empresas formais. As empresas que seguem as leis trabalhistas têm que pagar impostos e oferecer benefícios aos seus funcionários. Isso aumenta os custos de produção e dificulta a competição com as empresas informais, que não têm esses custos.
O que pode ser feito para reduzir a informalidade?
Reduzir a informalidade é um desafio complexo, que exige a adoção de várias medidas. Uma delas é a criação de mais oportunidades de emprego formal. Para isso, é preciso investir em educação, qualificação profissional e infraestrutura. É preciso também simplificar as leis trabalhistas e reduzir a burocracia para as empresas.
Outra medida importante é o combate à sonegação de impostos. É preciso fiscalizar as empresas e punir aquelas que não seguem as leis. É preciso também conscientizar os trabalhadores sobre os benefícios da formalização. Muitas vezes, as pessoas não se formalizam porque não conhecem seus direitos e não sabem como fazer isso.
Além disso, é importante oferecer alternativas para os trabalhadores informais. É preciso criar programas de microcrédito e de apoio ao empreendedorismo. É preciso também facilitar o acesso à educação e à qualificação profissional. Com isso, as pessoas terão mais oportunidades de conseguir um emprego formal ou de abrir seu próprio negócio.
A taxa de informalidade é um problema grave, que afeta a vida de milhões de brasileiros e prejudica a economia do país. Reduzir a informalidade é um desafio complexo, mas é fundamental para construir um país mais justo e desenvolvido. Com a adoção de medidas adequadas, é possível criar mais oportunidades de emprego formal e oferecer alternativas para os trabalhadores informais.
Causas da informalidade no Brasil
Entender as causas da informalidade no Brasil é essencial para buscar soluções. Vários fatores contribuem para que muitas pessoas trabalhem sem carteira assinada. Vamos explorar alguns dos principais motivos.
Falta de Oportunidades de Emprego Formal
Uma das principais razões é a falta de vagas de emprego com carteira assinada. Quando não há empregos suficientes, as pessoas precisam encontrar outras formas de ganhar dinheiro. Muitas vezes, a única opção é trabalhar por conta própria ou em pequenos negócios que não oferecem registro.
A crise econômica também agrava essa situação. Quando a economia não vai bem, as empresas demitem funcionários e contratam menos. Isso faz com que mais pessoas busquem o trabalho informal para sustentar suas famílias.
Baixa Escolaridade e Falta de Qualificação
A baixa escolaridade é outro fator importante. Muitas pessoas não têm acesso à educação de qualidade e não conseguem se qualificar para empregos melhores. Sem a qualificação necessária, fica difícil conseguir um emprego formal.
Além disso, muitas vezes as empresas exigem experiência para contratar. Quem está começando a carreira pode ter dificuldades em conseguir um emprego formal por falta de experiência. Isso faz com que muitas pessoas comecem a trabalhar informalmente para adquirir experiência e tentar uma vaga melhor no futuro.
Burocracia e Custos para as Empresas
A burocracia e os altos custos para as empresas também contribuem para a informalidade. Para contratar um funcionário com carteira assinada, as empresas precisam pagar muitos impostos e seguir diversas regras. Isso pode ser difícil, principalmente para as pequenas empresas.
Muitas vezes, as empresas preferem contratar funcionários informalmente para evitar esses custos e a burocracia. Isso é ilegal, mas acontece com frequência. A falta de fiscalização também contribui para que as empresas continuem contratando informalmente.
Falta de Fiscalização Trabalhista
A falta de fiscalização trabalhista é outro problema. Quando não há fiscalização, as empresas se sentem à vontade para contratar informalmente. A fiscalização é importante para garantir que as empresas cumpram as leis trabalhistas e ofereçam condições de trabalho adequadas aos seus funcionários.
Além disso, a fiscalização ajuda a combater a sonegação de impostos. Quando as empresas contratam informalmente, elas não pagam impostos sobre os salários dos funcionários. Isso prejudica a arrecadação do governo e dificulta o financiamento de serviços públicos, como saúde e educação.
Cultura da Informalidade
Em alguns casos, a informalidade faz parte da cultura. Muitas pessoas crescem vendo seus pais e familiares trabalhando informalmente e acabam seguindo o mesmo caminho. Isso acontece principalmente em regiões mais pobres, onde a informalidade é mais comum.
Além disso, muitas vezes as pessoas não conhecem seus direitos trabalhistas e não sabem que têm direito a carteira assinada, férias, 13º salário e outros benefícios. A falta de informação também contribui para a informalidade.
Benefícios Sociais e Programas de Transferência de Renda
Alguns programas sociais, como o Bolsa Família, podem, em alguns casos, desincentivar a busca por empregos formais. Embora esses programas sejam importantes para ajudar as famílias mais pobres, é preciso garantir que eles não desincentivem a busca por empregos com carteira assinada.
É importante que os programas sociais sejam acompanhados de políticas de incentivo à formalização. Isso pode ser feito oferecendo cursos de qualificação profissional, microcrédito e outros benefícios para quem decide se formalizar.
Entender as causas da informalidade no Brasil é fundamental para criar políticas públicas eficientes. É preciso investir em educação, qualificação profissional, fiscalização trabalhista e simplificação das leis para as empresas. Só assim será possível reduzir a informalidade e garantir que todos os trabalhadores tenham seus direitos respeitados.
Consequências para trabalhadores e economia
A informalidade traz muitas consequências ruins tanto para os trabalhadores quanto para a economia do país. É importante entender esses impactos para buscar soluções que ajudem a melhorar a vida das pessoas e o desenvolvimento do Brasil.
Prejuízos para os Trabalhadores
Os trabalhadores informais não têm os mesmos direitos que os trabalhadores com carteira assinada. Eles não têm direito a férias, 13º salário, FGTS e seguro-desemprego. Isso significa que, se ficarem doentes ou perderem o emprego, não terão como se sustentar.
Além disso, os trabalhadores informais não contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Isso quer dizer que, quando ficarem mais velhos, não terão direito à aposentadoria. Eles também não terão direito a outros benefícios, como auxílio-doença e pensão por morte.
Outro problema é que os trabalhadores informais geralmente ganham menos do que os trabalhadores formais. Eles também estão mais sujeitos a condições de trabalho ruins, como longas jornadas, falta de segurança e assédio moral.
Impactos na Economia
A informalidade também prejudica a economia do país. Quando muitas pessoas trabalham informalmente, o governo arrecada menos impostos. Isso dificulta o financiamento de serviços públicos importantes, como saúde, educação e segurança.
Além disso, a informalidade dificulta o crescimento econômico. As empresas informais geralmente são menores e menos produtivas do que as empresas formais. Elas também têm mais dificuldades em conseguir crédito e investir em tecnologia.
Outro problema é que a informalidade gera concorrência desleal. As empresas informais não pagam impostos e não seguem as leis trabalhistas. Isso lhes dá uma vantagem sobre as empresas formais, que precisam cumprir todas as obrigações.
Desigualdade Social
A informalidade contribui para aumentar a desigualdade social. As pessoas que trabalham informalmente geralmente são mais pobres e têm menos oportunidades de melhorar de vida. Isso cria um ciclo de pobreza que é difícil de quebrar.
Além disso, a informalidade dificulta o acesso à educação e à saúde. As famílias que dependem do trabalho informal geralmente não têm condições de pagar por esses serviços. Isso prejudica o desenvolvimento das crianças e impede que elas tenham um futuro melhor.
Como Combater a Informalidade
Para combater a informalidade, é preciso criar mais oportunidades de emprego formal. Isso pode ser feito incentivando o investimento em setores que geram empregos, como a indústria e os serviços. Também é importante melhorar a educação e a qualificação profissional dos trabalhadores.
Outra medida importante é simplificar as leis trabalhistas e reduzir a burocracia para as empresas. Isso pode incentivar as empresas a contratar mais funcionários com carteira assinada. Também é preciso aumentar a fiscalização para combater a sonegação de impostos e o trabalho ilegal.
Além disso, é importante oferecer apoio aos trabalhadores informais que querem se formalizar. Isso pode ser feito oferecendo microcrédito, cursos de capacitação e outros benefícios. Também é preciso conscientizar os trabalhadores sobre os direitos e as vantagens de ter carteira assinada.
A informalidade é um problema complexo que exige soluções integradas. É preciso envolver o governo, as empresas e a sociedade civil na busca por um Brasil mais justo e desenvolvido. Só assim será possível garantir que todos os trabalhadores tenham seus direitos respeitados e que a economia do país possa crescer de forma sustentável.
Importância da fiscalização laboral
A fiscalização laboral é muito importante para garantir que as empresas cumpram as leis trabalhistas. Ela ajuda a proteger os direitos dos trabalhadores e a combater a informalidade. Vamos entender por que a fiscalização é tão essencial.
Garantia dos Direitos dos Trabalhadores
A fiscalização garante que os trabalhadores tenham seus direitos respeitados. Os fiscais do trabalho verificam se as empresas estão pagando os salários corretamente, oferecendo condições de trabalho seguras e cumprindo as leis sobre jornada de trabalho, férias e 13º salário.
Quando os fiscais encontram irregularidades, eles podem multar as empresas e obrigá-las a corrigir os problemas. Isso ajuda a evitar que os trabalhadores sejam explorados e a garantir que eles tenham um emprego digno.
Combate à Informalidade
A fiscalização também é fundamental para combater a informalidade. Os fiscais verificam se as empresas estão registrando seus funcionários corretamente e pagando os impostos devidos. Quando encontram empresas que contratam informalmente, eles podem multá-las e obrigá-las a regularizar a situação.
Isso ajuda a aumentar a arrecadação de impostos e a garantir que os trabalhadores tenham acesso aos benefícios da Previdência Social, como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.
Melhora das Condições de Trabalho
A fiscalização contribui para melhorar as condições de trabalho. Os fiscais verificam se as empresas estão oferecendo um ambiente de trabalho seguro e saudável. Eles verificam se há riscos de acidentes, se os equipamentos de proteção estão sendo utilizados e se os trabalhadores estão recebendo treinamento adequado.
Quando os fiscais encontram problemas, eles podem obrigar as empresas a fazer melhorias. Isso ajuda a prevenir acidentes e doenças do trabalho e a garantir que os trabalhadores tenham um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Promoção da Igualdade
A fiscalização também ajuda a promover a igualdade no mercado de trabalho. Os fiscais verificam se as empresas estão discriminando trabalhadores por motivo de raça, gênero, idade ou orientação sexual. Quando encontram casos de discriminação, eles podem multar as empresas e obrigá-las a corrigir a situação.
Isso ajuda a garantir que todos os trabalhadores tenham as mesmas oportunidades e que sejam tratados com respeito e dignidade.
Aumento da Produtividade
A fiscalização pode contribuir para aumentar a produtividade das empresas. Quando os trabalhadores têm seus direitos respeitados e trabalham em um ambiente seguro e saudável, eles se sentem mais motivados e engajados. Isso pode levar a um aumento da produtividade e da qualidade dos produtos e serviços.
Além disso, a fiscalização pode ajudar as empresas a identificar problemas e a melhorar seus processos. Os fiscais podem oferecer orientações e sugestões para que as empresas se tornem mais eficientes e competitivas.
Fortalecimento da Economia
A fiscalização fortalece a economia do país. Quando as empresas cumprem as leis trabalhistas e pagam os impostos devidos, o governo tem mais recursos para investir em serviços públicos e em infraestrutura. Isso pode levar a um aumento do crescimento econômico e da geração de empregos.
Além disso, a fiscalização ajuda a criar um ambiente de negócios mais justo e transparente. Isso pode atrair investimentos estrangeiros e incentivar o desenvolvimento de novas empresas.
A fiscalização laboral é essencial para proteger os direitos dos trabalhadores, combater a informalidade, melhorar as condições de trabalho, promover a igualdade, aumentar a produtividade e fortalecer a economia. É preciso investir em mais fiscais e em melhores condições de trabalho para que a fiscalização possa cumprir seu papel de forma eficiente.
Estatísticas relevantes sobre o trabalho informal
As estatísticas sobre o trabalho informal no Brasil mostram a dimensão desse problema. Elas nos ajudam a entender quantas pessoas estão trabalhando sem carteira assinada e como isso afeta a economia do país. Vamos analisar alguns dados importantes.
Número de Trabalhadores Informais
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), milhões de brasileiros trabalham informalmente. Esse número varia de acordo com a época do ano e com a situação econômica do país, mas sempre se mantém em patamares elevados.
Esses trabalhadores estão em diversas áreas, como comércio, serviços, construção civil e agricultura. Muitos deles são vendedores ambulantes, pedreiros, faxineiras, motoristas de aplicativo e trabalhadores rurais.
Taxa de Informalidade por Região
A taxa de informalidade varia muito de uma região para outra. As regiões Norte e Nordeste costumam ter as maiores taxas, enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentam as menores. Isso reflete as desigualdades regionais do país e a falta de oportunidades em algumas áreas.
Em alguns estados, a taxa de informalidade chega a ser superior a 50%. Isso significa que mais da metade dos trabalhadores não têm carteira assinada e não contam com os direitos trabalhistas.
Nível de Escolaridade dos Trabalhadores Informais
As estatísticas mostram que a maioria dos trabalhadores informais tem baixa escolaridade. Muitos não concluíram o ensino fundamental e poucos têm ensino superior. Isso dificulta a busca por empregos melhores e com carteira assinada.
A falta de qualificação profissional também é um problema. Muitos trabalhadores informais não têm cursos técnicos ou profissionalizantes que os preparem para o mercado de trabalho. Isso os impede de conseguir empregos mais qualificados e com salários mais altos.
Rendimento dos Trabalhadores Informais
Os trabalhadores informais geralmente ganham menos do que os trabalhadores formais. O rendimento médio dos informais é inferior ao salário mínimo em muitos casos. Isso dificulta a vida dessas pessoas e de suas famílias.
Além disso, os trabalhadores informais não têm direito a benefícios como vale-transporte, vale-refeição e plano de saúde. Isso aumenta ainda mais as dificuldades financeiras e prejudica a qualidade de vida.
Impacto da Informalidade na Economia
A informalidade tem um impacto negativo na economia do país. Ela reduz a arrecadação de impostos, dificulta o planejamento econômico e gera concorrência desleal entre as empresas.
Além disso, a informalidade prejudica o crescimento econômico. As empresas informais geralmente são menores e menos produtivas do que as empresas formais. Elas também têm mais dificuldades em conseguir crédito e investir em tecnologia.
Medidas para Reduzir a Informalidade
Para reduzir a informalidade, é preciso criar mais oportunidades de emprego formal, melhorar a educação e a qualificação profissional dos trabalhadores, simplificar as leis trabalhistas e aumentar a fiscalização.
Também é importante oferecer apoio aos trabalhadores informais que querem se formalizar. Isso pode ser feito oferecendo microcrédito, cursos de capacitação e outros benefícios.
As estatísticas sobre o trabalho informal são um alerta para a necessidade de ações urgentes. É preciso investir em políticas públicas que combatam a informalidade e garantam que todos os trabalhadores tenham seus direitos respeitados e um futuro melhor.
Propostas para melhorar a fiscalização
Para que a fiscalização seja mais eficiente, é preciso investir em algumas mudanças. Com elas, será possível proteger os trabalhadores e diminuir a informalidade. Vamos ver algumas propostas para melhorar a fiscalização no Brasil.
Aumento do Número de Fiscais
Uma das principais necessidades é aumentar o número de fiscais do trabalho. Com mais fiscais, será possível visitar mais empresas e verificar se elas estão cumprindo as leis. Hoje, o número de fiscais é insuficiente para atender a todas as demandas.
É importante que o governo invista na contratação de novos fiscais e na capacitação dos que já atuam. Assim, a fiscalização será mais presente e eficiente.
Uso de Tecnologia na Fiscalização
A tecnologia pode ser uma grande aliada da fiscalização. É possível usar sistemas de inteligência artificial para identificar empresas com maior risco de descumprimento das leis. Também é possível usar drones para fiscalizar áreas de difícil acesso.
Além disso, a tecnologia pode facilitar a comunicação entre os fiscais e os trabalhadores. É possível criar aplicativos para que os trabalhadores denunciem irregularidades de forma anônima e segura.
Fortalecimento da Autonomia dos Fiscais
Para que a fiscalização seja eficiente, é importante que os fiscais tenham autonomia para tomar decisões. Eles precisam ter liberdade para multar empresas que descumprem as leis e para obrigá-las a corrigir os problemas.
É importante que os fiscais não sofram pressões políticas ou econômicas. Eles precisam ter a garantia de que poderão exercer seu trabalho de forma independente e imparcial.
Integração entre Órgãos de Fiscalização
A fiscalização pode ser mais eficiente se houver integração entre os diferentes órgãos responsáveis por ela. É importante que os fiscais do trabalho, os fiscais da Receita Federal e os fiscais da Previdência Social trabalhem juntos para combater a informalidade e a sonegação de impostos.
Essa integração pode ser feita por meio da troca de informações e da realização de operações conjuntas. Assim, será possível identificar empresas que descumprem as leis em diferentes áreas.
Incentivo à Denúncia
É importante incentivar os trabalhadores a denunciarem irregularidades. Muitos trabalhadores têm medo de denunciar por receio de perder o emprego. Por isso, é preciso garantir que as denúncias sejam feitas de forma anônima e segura.
Além disso, é importante que os trabalhadores saibam que têm o direito de denunciar e que serão protegidos pela lei. O governo pode criar campanhas de conscientização para informar os trabalhadores sobre seus direitos e sobre como denunciar irregularidades.
Aumento das Multas
As multas para empresas que descumprem as leis trabalhistas precisam ser mais altas. Hoje, muitas empresas preferem pagar as multas a cumprir as leis. Isso mostra que as multas não são suficientemente dissuasórias.
É importante que as multas sejam proporcionais ao tamanho da empresa e à gravidade da infração. Assim, as empresas pensarão duas vezes antes de descumprirem as leis.
Com essas propostas para melhorar a fiscalização, será possível proteger os trabalhadores, combater a informalidade e fortalecer a economia do país. É preciso que o governo, as empresas e a sociedade civil se unam para construir um Brasil mais justo e desenvolvido.
O papel do IPEA na análise do mercado laboral
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) tem um papel muito importante na análise do mercado de trabalho no Brasil. Ele realiza estudos e pesquisas que ajudam a entender a situação do emprego e da renda no país. Vamos conhecer um pouco mais sobre o trabalho do IPEA.
Produção de Estatísticas e Indicadores
O IPEA produz estatísticas e indicadores sobre o mercado de trabalho. Ele coleta dados sobre o número de empregados, o nível de desemprego, os salários e outras informações relevantes. Esses dados são usados para monitorar a evolução do mercado de trabalho e para identificar problemas e oportunidades.
O IPEA também elabora estudos sobre temas específicos, como a informalidade, a desigualdade salarial e o impacto das políticas públicas no mercado de trabalho. Esses estudos ajudam a entender as causas dos problemas e a propor soluções.
Análise das Políticas Públicas
O IPEA analisa as políticas públicas que afetam o mercado de trabalho. Ele avalia se as políticas estão sendo eficazes para gerar empregos, aumentar a renda e reduzir a desigualdade. O IPEA também propõe novas políticas e sugere mudanças nas políticas existentes.
As análises do IPEA são usadas pelo governo para tomar decisões sobre políticas públicas. Elas também são usadas por empresas, sindicatos e outras organizações para entender o mercado de trabalho e para defender seus interesses.
Divulgação de Informações
O IPEA divulga informações sobre o mercado de trabalho para a sociedade. Ele publica relatórios, artigos e outros materiais que são acessíveis ao público em geral. O IPEA também realiza eventos e seminários para discutir temas relacionados ao mercado de trabalho.
A divulgação de informações é importante para que a sociedade possa entender a situação do mercado de trabalho e para que possa participar do debate sobre as políticas públicas. Ela também é importante para que os trabalhadores possam conhecer seus direitos e para que as empresas possam tomar decisões informadas.
Parcerias com Outras Instituições
O IPEA realiza parcerias com outras instituições para realizar pesquisas e estudos sobre o mercado de trabalho. Ele trabalha em conjunto com universidades, centros de pesquisa e outras organizações para ampliar o conhecimento sobre o tema.
As parcerias são importantes para que o IPEA possa ter acesso a diferentes perspectivas e para que possa realizar pesquisas mais abrangentes e aprofundadas. Elas também são importantes para que o IPEA possa disseminar seus resultados para um público mais amplo.
Contribuição para o Debate Público
O IPEA contribui para o debate público sobre o mercado de trabalho. Ele participa de debates, entrevistas e outros eventos para apresentar seus resultados e para defender suas ideias. O IPEA também publica artigos de opinião em jornais e revistas.
A contribuição para o debate público é importante para que a sociedade possa refletir sobre os problemas do mercado de trabalho e para que possa buscar soluções. Ela também é importante para que o governo possa tomar decisões informadas e para que as empresas possam adotar práticas responsáveis.
O IPEA desempenha um papel fundamental na análise do mercado de trabalho no Brasil. Suas pesquisas e estudos ajudam a entender a situação do emprego e da renda no país e a propor soluções para os problemas. É importante que o IPEA continue a realizar esse trabalho para que o Brasil possa ter um mercado de trabalho mais justo e desenvolvido.